Mulheres chefe de familia
Esta resenha tem como objetivo apresentar o ponto de vista das autoras Juliana Perucchi e Aline Maiochi Beirão sobre a concepção de paternidade, a partir de uma pesquisa realizada com dez mulheres chefes de família. Todo o texto é baseado no relato das mulheres a respeito da paternidade de acordo com suas vivências. O texto foi estruturado em quatro partes: sendo a introdução a respeito do assunto, mostrando o contexto de vida das mulheres chefes de família; a metodologia de pesquisa e desenvolvimento; os resultados apresentados que mostram a concepção de paternidade; e a discussão das autoras sobre o tema pesquisado.
As famílias chefiadas por mulheres está crescendo cada vez mais no Brasil, sendo também a provedora principal financeiramente. Não apenas em seus lares como também no mercado de trabalho, as mulheres tem ocupado cargos que eram previstos e normalmente ocupados apenas por homens. Esta é uma realidade que se tornou muito comum no país, o que contraria os modelos tradicionais de estruturas familiares, até então desconhecidas ou pouco vivenciadas em décadas passadas. “as pesquisas a respeito destes novos arranjos familiares tornam-se relevantes para produções teóricas da psicologia.”
Segundo o Relatório Nacional Brasileiro sobre a implementação da plataforma de ação da IV Conferência Mundial da Mulher – Pequim, 1995-, a porcentagem de mulheres na população economicamente ativa (PEA) cresceu de 31,3% em 1981, para 35,5% em 1990, chegando em 1998 a 40,7%.
Tem sido discutido pela psicologia sobre a família e as relações de parentalidade, e entendidos como construções sociais estabelecidas a partir de vinculo genéticos e/ou de convívio. Construções que se processam em campos sociais marcados por relações de afeto e de poder.
Os antigos tipos de pais são colocados em xeque, tipos de pais frios, insensíveis e autoritários por exemplo. Foram feitas pesquisas sobre a paternidade e a