Mulher Quilombola

Universidade Camilo Castelo Branco

Disciplina: Estudos do Pensamento Social
Curso: 2º Semestre de Serviço Social
Professora: Simone Jorge
Aluna: Maria de Jesus da Silva

MULHERES QUE OUSAM LUTAR: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE COMO MULHER QUILOMBOLA

O autor Nivaldo Aureliano Leo Neto traz uma nova concepção a cerca do reconhecimento das comunidades quilombolas, que parte do princípio da auto – determinação, que primeiramente o reconhecimento não parte do Estado, mas de uma identidade diferenciada reivindicadas pelos próprios sujeitos sociais e faz referência quanto a forma de construção dessa identidade levando em consideração que é necessário se reconhecer como parte remanescente dessa cultura. No decorrer do texto, ou autor nos traz um pouco da trajetória de como as mulheres da comunidade remanescente do quilombo Ipiranga, que fica localizada na cidade de Conde, no estado da Paraíba, se articulam em suas identidades enquanto mulheres negras quilombolas e como consequência se tornam atrizes sociais e se afirmam na sua construção enquanto mulheres. Para que não haja dúvidas por parte de algumas correntes teóricas, quanto a legitimidade da auto – afirmação da identidade étnica, o reconhecimento deve ter por base uma organização social como afirma o autor Barth (1969), para ele é através da organização social que os grupos étnicos selecionariam seus elementos culturais. No texto é colocado a dificuldade de se assumir negro no Brasil, não só pelo preconceito sofrido, mais também pelas marcas do passado e por ter sido um dos últimos a abolir com a escravidão e mesmo com o passar dos anos as formas de dominação continuam praticamente as mesmas. É através da formação da associação de moradores, a Associação da Comunidade Negra do Ipiranga (ACNI), que as mulheres começam a conhecer seus direitos e passam a ir em busca de