Muaythai
Os calções pretos, azuis e verdes aos poucos foram ganhando novas tonalidades. As mãos que antes só tinham traços brutos e eram grossas agora se misturam e apresentam-se em unhas esmaltadas com vermelho e rosa. Nas luvas alguns toques de delicadeza e feminilidade, mas que não fazem destas mãos menos firmes que as outras.
As mulheres estão dominando o tatame, basta conferir o movimento nas academias que oferecem artes marciais. “A atividade é muito relaxante, é um momento em que você esquece o restante do mundo e fica só você e seu treino, a concentração é fundamental”, são palavras da professora graduada pela Liga Brasileira de Muay Thai, Giselle Ramos.
Desde criança, Giselle acompanhava os campeonatos de artes marcias que passavam pela televisão, apesar de se considerar espoleta na infância ela nunca imaginou seguir esse caminho. Em 2005 teve seu primeiro contato com o Muay thai e de lá para cá vem se aperfeiçoando. Em fevereiro de 2014, ela conseguiu a graduação preta diretamente pela embaixada tailandesa em Brasília.
“Comecei a praticar por atividade física. Queria um exercício que não fosse monótono e rotineiro. Me apaixonei logo de inicio.”, enfatiza a professora.
“Os treinos antes eram bem mais pesados do que hoje, mas a superação de limites em cada treino fez com que eu me apaixonasse cada vez mais”, completa.
Em 2008, Giselle teve sua primeira experiência como professora por um mês quando sua instrutora foi disputar o mundial na Tailândia. Depois de um tempo, ela precisou se afastar e Giselle assumiu a turma feminina. Os amigos, interessados pelas artes marciais pediram para que ela começasse a dar aulas em sua cidade atual, Içara, pois se carecia desse tipo de esportes. Motivada por estes pedidos ela resolveu então dar inicio a nova empreitada. Há dez anos atrás, poucas mulheres se interessavam pela modalidade. Hoje, se equilibrou o espaço entre homens e mulheres e o motivo ela explica, “ A combinação é perfeita, perda