Por Margareth Carneiro, PMP Introdução Um colega ficou surpreso quando disse que escreveria sobre WBS – Work Breakdown Structure, pois na edição anterior de MundoPM tinha escrito sobre “Escritórios de Projetos”. Na visão dele o assunto PMO era de mais alto nível e de certa forma mais importante do que a construção de uma EAP. Nesse ponto eu discordo dele, e muito. Lembrando o que Paul Dinsmore disse em uma das suas palestras, gerenciamento de projetos é simples no todo, mas cheio de detalhes que são fundamentais para o seu sucesso. Um ditado diz que “The devil lives in details” (o diabo mora nos detalhes). Com certeza, o conhecimento das técnicas de planejamento e controle de projetos faz parte do conjunto de conhecimentos que todo gerente de projetos deve ter. O gerente deve ter uma determinada gama de conhecimento, ou seja, precisa saber o que fazer, mas também precisa saber fazer. Para que o conhecimento possa ser aplicado de forma eficaz, é necessário ter capacidade e habilidades individuais. A capacidade (saber fazer) e as habilidades pessoais é que vão determinar a competência em gerenciamento. Muitas vezes usamos metodologias, preenchemos formulários, aplicamos técnicas sem ter sido treinados ou então, mesmo que sendo treinados, não tivemos o tempo necessário para aprender a fazer. Saber fazer exige experiência que apenas se adquire com disciplina e insistência. Construir uma WBS é uma técnica fundamental no planejamento de um projeto e servirá de base para a definição do cronograma, da matriz de responsabilidades, da avaliação de riscos e outros processos do gerenciamento de projetos. O que é WBS ou EAP? A WBS – Work Breakdown Structure, que no PMBoK terceira edição foi traduzida por EAP – Estrutura Analítica do Projeto, tem outras denominações em literatura anterior ao PMBoK 3ª Edição, tais como EDT – Estrutura de Decomposição de Tópicos e EAT – Estrutura Analítica do Trabalho. Nesse artigo vamos usar o termo EAP para designar esse diagrama. Conforme