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Entrevista: Grafiteiro soteropolitano Nikol by JF Paranaguá • 2 de novembro de 2014 • 1 Comment
Nikol: “Eu crio o meu trabalho diretamente na parede, sem medo de ficar bom ou ruim”
O soteropolitano Nikol (Nikol Carvalho), 26, integrante do Crew SNE – Sempre Na Evolução, 2º Grau completo, residente no bairro de Cajazeiras VIII, iniciou sua trajetória como pichador. Mas durou pouco tempo. Como grafiteiro, o jovem artista conquistou seu espaço na cena baiana e tem mostrado o seu talento, através de belíssimos grafites, utilizando o estilo wild style, como base de seus trabalhos. Conheça mais sobre Nikol, nessa entrevista que ele concedeu ao blog A Arte na Rua:
A Arte na Rua – Cajazeiras é considerado um celeiro de grandes artistas?
Nikol – Será?
AAR – Você foi pichador?
Nikol – Sim. E tenho ainda um pouco dentro de mim.
AAR – Ainda mantém isso? Corre na veia?
Nikol – Um pouco de adrenalina não faz mal a ninguém. Não faço mais. Mas sinto saudades desse tempo.
AAR – E quando foi o seu início?
Niikol – Eu comecei a fazer pichação em 2003. Parei em 2005, depois de um incidente comigo.
AAR – Como você assinava como pichador?
Nikol – Nik, OL e GIC.
AAR – O que marcou na sua época de pichador como a mais audaciosa?
Nikol – Rapaz! O que marcou mais foi o que aconteceu comigo ao pichar a casa de um tenente da polícia. Tomei um tiro no braço, várias coronhadas no rosto, além de quebrar três dedos. Isso foi o que marcou mais na pichação. Inclusive foi o que me induziu a parar com a pichação.
AAR – Onde aconteceu esse fato?
Nikol – Em Castelo Branco.
AAR – Era o reduto que você gostava de pichar?
Nikol – Não. Eu ia pra outros lugares, mas não curtia muito ir pro centro pichar.
AAR – Você se espelhou em algum pichador?
Nikol – Sinal, considerado o Mestre.
AAR – Quem foi Sinal?
Nikol – Ele foi uma figura incrível. Estava em todos os lugares de Salvador. Morou no Largo do Tanque, onde foi criado; Boca do rio, Regional e Cajazeiras (Boca da