Movimentos sociais
Os movimentos sociais são sempre de confronto político. Na maioria dos casos eles têm uma relação com o Estado; seja de oposição, seja de parceria; de acordo com seus interesses e necessidades. Observam-se várias formas de atuação dos movimentos sociais:
● Para pressionar o poder público a resolver problemas relacionados à segurança, à educação, à saúde, etc.
● Em parceria com o poder público para fazer frente às ações de outros grupos ou empresas privadas .
● Para resolver problemas da comunidade, independentemente do poder público, muitas vezes tomando iniciativas que caberiam ao Estado .
Existem também movimentos cujo objetivo é desenvolver ações que favoreçam a mudança da sociedade com base no princípio fundamental do reconhecimento do outro, do diferente. Por meio desses movimentos, procuram-se disseminar visões de mundo, idéias e valores que proporcionem a diminuição dos preconceitos e discriminações que prejudicam as relações sociais. Exemplos são os movimentos étnico-raciais, gay, feminista e pela paz e contra a violência.
A greve como elemento central
A greve foi um dos instrumentos mais utilizados pelos trabalhadores na sociedade capitalista. A paralisação das atividades de uma ou mais empresas sempre se apresentou como uma poderosa arma de reivindicação. O movimento operário - e a greve em particular - pode ser analisado pelo menos de acordo com dois pontos de vista: o de Émile Durkheim e o de Karl Marx.
O enfoque de Durkheim tem como ponto de partida a idéia de que todo conflito é resultado da inexistência de regras e normas que regulem as atividades produtivas e a organização das várias categorias profissionais. A greve é, para ele, um momento especial em uma ordem geral estabelecida e serve apenas para a desintegração da sociedade. Para Durkheim, a questão social é também moral, pois envolve idéias e valores divergentes dos da consciência coletiva. Conforme Durkheim, os desejos de alguns grupos ou de indivíduos devem