MOVIMENTOS SOCIAIS E SOCIEDADE CIVIL
SOCIAL NO BRASIL
Os movimentos sociais, segundo Avritzer (1994, p.189-190), constituem aquela parte da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas sociais, onde a ação é a portadora imediata da tessitura relacional da sociedade e do seu sentido.
Presume-se que os movimentos sociais são tentativas coletivas e organizadas que têm a finalidade de buscar determinadas mudanças ou até mesmo estipular a possibilidade de construção de uma nova ordem social. Os movimentos sociais representam forças sociais organizadas que aglutinam as pessoas não como força tarefa, de ordem numérica, mas como campo de atividades e de experimentação social.
Por volta dos anos 60 e 70, se disseminam os movimentos populares e sociais no
Brasil. Para Pinsky (2003, p. 568), “os movimentos populares se caracterizaram por um alcance limitado a questões localizadas na vida prática da comunidade”.
A partir do final dos anos 1970, o movimento sindical e as organizações estudantis ganharam força. As greves dos metalúrgicos paralisaram as indústrias de São
Paulo, logo acompanhadas por greves dos bancários.
É na década de 1980 que os movimentos sociais vão incluir parcelas mais amplas da sociedade. Surgem os movimentos ecológicos, que transcendiam a divisão política entre direita e esquerda e, também, o movimento em defesa dos direitos do consumidor. Já na década de 90, surge no Brasil, um tipo de organização inexistente até então, as organizações não-governamentais (ONGs) para designar as entidades da sociedade civil, em referência a todo movimento de cunho social
A questão do protagonismo dos movimentos sociais no Brasil, a partir dos anos
1990, começa a perder visibilidade política no cenário urbano. Nesse momento, o país saía de uma etapa de conquista dos direitos constitucionais, os quais necessitavam ser regulamentados. Ao mesmo tempo, o governo federal, passou a implementar ou a aprofundar, em todos