MOVIMENTOS NATIVISTAS
Os chamados movimentos nativistas constituíram-se em revoltas isoladas ocorridas na então colônia portuguesa do Brasil, em finais do século XVIII, em que se amiudaram as situações de conflito entre os "filhos da terra" e os chamados "reinóis", e que compõem um quadro que faz parte do sentimento nacional que incluiu em vários territórios das Latinas e de outras partes.1 , dos quais fizeram parte: a Aclamação de Amador Bueno; a Revolta de Beckman, no Maranhão; a Revolta de Filipe dos Santos, em Vila Rica; a Guerra dos Emboabas, dos Mascates, a Conjuração Mineira, Revolução Farroupilha, Revolta dos Alfaiates e a Revolução Pernambucana, esta já no século XIX2 .
Nas três primeiras surreições prevaleceram as razões de ordem econômica, mas nas seguintes houve preponderância do sentimento nacional na motivação dos revoltosos2 .
A partir da segunda metade do século XVIII, com os desdobramentos das revoltas na França e Estados Unidos, e os conceitos do Iluminismo penetrando em meio à sociedade brasileira, os descontentamentos vão se avolumando e a metrópole portuguesa parece insensível a qualquer protesto. Assim, os movimentos nativistas passarão a incorporar em seu ideal a busca pela independência, ainda que somente da região dos revoltosos, pois a noção de um país reunindo todas as colônias portuguesas na América era algo impensado. O mais conhecido em meio a estes movimentos é aInconfidência Mineira de 1789, da qual surgiu o mártir da independência, Tiradentes.
As invasões sofridas pelo território brasileiro no século XVIII, bem como a união dos elementos nativos (nascidos no país) como o branco filho de europeus, o mestiço, o negro e o índio catequizado2 para a defesa do território, especialmente após as invasões holandesas no Brasil, cresceu paulatinamente entre a população da colônia a ideia de emancipação, de modo local ainda e não generalizado entre as províncias.
Inconfidência Mineira, já com caráter de