Movimento Operario No Brasil
Em 1900, o Brasil possuía em torno de 55 mil operários. A origem do movimento operário aconteceu por influência dos imigrantes estrangeiros que vieram para o país, no final do século XIX, para trabalhar nas lavouras de café. Esses imigrantes eram principalmente italianos, alemães, japoneses, poloneses, entre outros.
O principal centro da industrialização brasileira foi o estado de São Paulo. Moravam em São Paulo os mais importantes produtores de café do país. Com as freqüentes crises de superprodução do café, muito desses produtores desviaram parte de seus lucros para investir na indústria.
Havia também, em São Paulo, grande número desses imigrantes que viviam do trabalho assalariado na agricultura. Muitos se desiludiram com o trabalho no campo e foram buscar nas cidades novas oportunidades de vida. Grande parte desses imigrantes acabou fornecendo mão-de-obra para o setor industrial.
Procurando substituir importações, a indústria nacional conquistou aos poucos o mercado consumidor do país, dedicando-se à fabricação de tecidos de algodão, calçados, material de construção, alimentos, móveis etc.
A teoria socialista, mais precisamente o socialismo científico, teve sua origem nos pensamentos de Karl Marx e exerceu importante papel na articulação dos operários. Os trabalhadores cruzaram os braços exigindo melhores condições de trabalho e aumentos salariais. A greve durou uma semana e foi duramente reprimida pelo governo paulista. Finalmente chegou-se a um acordo que garantiu 20% de aumento para os trabalhadores. Vários grupos operários no Brasil e no mundo acreditavam que havia chegado o momento de colocar um fim à exploração capitalista e construir uma nova sociedade.
No entanto, essas lutas na nova etapa evidenciam um importante limite dos trabalhadores na sua luta pela revolução social: a necessidade de criar um instrumento político, um partido revolucionário, que seja verdadeiramente enraizado na classe e que possa