movimento luterano
Após duas tentativas do Papa Paulo III, somente em 1544, com a paz entre o imperador Carlos V e o rei francês Francisco I, criaram-se condições favoráveis e, com a Bula “Laetare Jerusalem”, foi convocado o Concílio para o ano seguinte, em Trento, território feudal neutro.
Foi uma história demorada, com muitos conflitos de interesses, a oposição sistemática de príncipes protestantes, violentos escritos de Lutero no início e desacordos entre o papa e o imperador. Contudo, os 18 anos de duração do Concílio ofereceram à Igreja verdadeiros instrumentos de renovação e reforma, dando-lhe uma fisionomia que, em linhas gerais, ainda perdura.
• PRIMEIRA FASE (1545-1547): foram enfrentados, ao mesmo tempo, as questões dogmáticas e disciplinares. Contudo, devido ao medo de uma invasão de príncipes protestantes e às ingerências do Imperador, Paulo III suspendeu o Concílio. Temas tratados: a Escritura e a Tradição como fontes da fé; o pecado original, a doutrina da justificação, dos sacramentos em geral e do batismo e confirmação em particular. Os titulares de benefícios eclesiásticos (bispos, cardeais, abades, padres) sãoobrigados a residir onde tinham sido nomeados.
• SEGUNDA FASE (1551-1552): o Papa Júlio III reabriu a Assembléia conciliar. Compareceram os delegados de três príncipes e seis cidades protestantes alemãs, exigindo a anulação da sessão anterior e a proclamação da superioridade do Concílio sobre o papa. Pelo temor de ataques militares, o Concílio foi novamente suspenso. Temas tratados: a