movimento hippie
O Movimento Hippie nasceu na Califórnia, na América do Norte, em 1966. Contudo, as raízes do movimento Hippie podem ser detectadas desde os anos 40. Após o final da Segunda Guerra Mundial, depois de um longo período de 30 anos com duas guerras altamente destrutivas e uma prolongada depressão econômica, começaram a surgir os primeiros sinais de um forte movimento de contracultura, contestatória do sistema. Nos anos 50, o movimento cresceu e se expandiu. Nos café e clubes de jazz, os adeptos se juntavam para conversar e declamar poesia. A partir destes espaços, emergiram os “Beatniks” – caracteristicamente com roupas informais, com homens de barba e com óculos escuros a qualquer hora do dia. Usavam, frequentemente, a expressão “I’m hip”; dizia-se que o seu modo de se expressar era “hip” (que significa zombar e melancolia); e havia quem lhes chamasse “Hipsters”. A expressão ir-se-ia desenvolvendo até chegar a “Hippies”.
Pacifistas, os hippies pregavam a filosofia do amor. Defendiam não somente a “Paz e o Amor” entre as pessoas, mas também para com todas as formas de vida. Como tal, seus seguidores advogavam a favor dos direitos dos animais, contra o uso de pelos e de peles e contra o consumo de carnes, peixes e mariscos.
O movimento adotava um modo de vida comunitário tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade, em comunhão com a natureza. Negavam o nacionalismo e ridicularizavam a Guerra do Vietnã – por meio de atos de zombaria que revelavam o desencantamento de uma juventude sem ideal -, bem como todas as guerras. O estilo hip abraçava aspectos de religiões como o budismo, o hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas que estavam em desacordo com os valores tradicionais da classe