Movimento funcional humano
Resumo do Capítulo 8 do livro “Movimento Funcional Humano” referente à matéria de biomecânica aplicada ao exercício.
2. ANÁLISE
O presente capítulo visa descrever o movimento funcional da corrida, os impactos causados no corpo em relação ao solo, a cinética e a cinemática do movimento e todas as implicações que o ato de correr causa no corpo humano.
O ciclo de corrida é divido em fase de vôo e de suporte, sendo caracterizada a fase de vôo no momento em que a perna do corredor deixa o solo (decolagem) e termina na aterrissagem (momento em que a perna oposta do corredor toca o solo). A fase de suporte é o período entre a aterrissagem e a decolagem. Os braços no momento da corrida movem-se em direção oposta as pernas, assim, quando a perna direita é levada para frente o braço direito é levado para trás. Observa-se também que a distância entre a posição do pé que levanta na decolagem e do pé que faz o apoio na aterrissagem é caracterizada como extensão do passo e a soma de duas extensões de passo sucessivas é conhecida como extensão da passada.
A velocidade adquirida no decorrer do movimento é caracterizada por dois fatores: pelo movimento oscilatório no momento de vôo e de suporte e pela freqüência e extensão da passada.
Observamos que a técnica de corrida é muito individual e depende das características anatômicas e fisiológicas de cada indivíduo. Alguns corredores possuem a tendência de realizar uma flexão plantar no momento de aterrissagem atingindo o solo com a parte frontal do pé, que pode ser resultante do encurtamento da musculatura da panturrilha, outros corredores (cerca de 80 por cento) podem realizar a aterrissagem com a porção lateral do calcanhar.
A cinemática da corrida pode ser descrita no plano sagital e no plano frontal, apesar da corrida ser uma atividade tridimensional ela é descrita nesses dois planos por produzir movimentos lineares (produto da massa pela velocidade de um corpo, cuja direção e sentido são