Movimento Feminista no Brasil
FEMINISTA
HISTÓRIA
Faz meio século que a brasileira deixou de padecer de uma das amarras que pontuaram a sua trajetória. Foi somente em 1962 que o Código Penal a eximiu do consentimento do chefe da casa, no caso o homem, para trabalhar fora ou viajar. Fruto do ativismo feminino, essa conquista soa absurda aos ouvidos das jovens que já nasceram sob a égide da emancipação. Com o passar do tempo, o feminismo, apontado como o mais bem-sucedido movimento social do século passado, pintou um horizonte de possibilidades às mulheres, que hoje podem ser o que quiserem e andar por onde quiserem. Mas o movimento de outrora, cuja queima dos sutiãs se tornou o episódio símbolo, segue se reinventando na pele de jovens ativistas, que agora usam o corpo para se expressar – leia-se os seios à mostra.
Essas mulheres têm como bandeira a liberdade e a diversidade e se arvoram para defender o direito das minorias, tudo com um toque de ousadia e irreverência, próprios de sua faixa etária.
A luta pelo direito ao voto marca a primeira onda feminista do mundo A Marcha das Vadias tomou ruas e avenidas de cerca de 200 cidades no mundo em países como
Índia, África do Sul, Austrália, Alemanha e Brasil, tendo como tônica ativistas com seios de fora. O movimento foi criado em 2011, na cidade de
Toronto, no Canadá, depois que um policial aconselhou mulheres, durante uma palestra de segurança pública, a não vestir certas roupas para não serem estupradas. “Não são apenas as boas meninas virgens que devem ser respeitadas. Essa é a novidade”, afirmou à ISTOÉ a canadense Heather
Jarvis, uma das idealizadoras da marcha. “As mulheres podem ser quem elas quiserem e não devem ser julgadas e muito menos violentadas por causa de suas escolhas.”
PROPOSTA NA ATUALIDADE
Traço marcante do ideário neofeminista, a agenda que pauta essas ativistas é muito mais ampla do que as manifestações contra abusos em relação ao gênero. Elas têm se posicionado sobre modelos de desenvolvimento e