Motivações para a infidelidade
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INTRODUÇÃO
A infidelidade é um tema bastante discutido e vivenciado pela humanidade em diversos contextos históricos e culturais. A Antropologia, a Sociologia e a Psicologia têm-se dedicado, cada vez mais, a estudar esta temática entre os casais. A infidelidade é apontada como o maior fator de transgressão e violação no que se refere à exclusividade conjugal. Diz respeito ao comportamento romântico e/ou sexual fora do relacionamento entendido como estável/fixo ou duradouro. Assim, a infidelidade é definida por Glass (2002) como “um segredo sexual, romântico, ou envolvimento emocional que viola o compromisso de um relacionamento exclusivo”.
Infidelidade pode ser traduzida como uma “violação das normas dos parceiros que regulam o nível emocional ou da intimidade física com pessoas fora do relacionamento” (Drigotas e Barta 2001).
Segundo Heilborn (2006) a forma como cada cultura considera adequado o uso dos corpos diz respeito às ideias dominantes na sociedade em cada momento histórico. Atualmente, por exemplo, a infidelidade no sexo masculino é culturalmente mais aceita e quase “estimulada”, encontrando justificativo através do impulso masculino, no desejo (Vavassori, 2006). Levando-se em consideração que a infidelidade provoca as mais variadas emoções e reações entre os parceiros que a vivenciam.
A infidelidade, enquanto quebra de compromisso e confiança entre dois parceiros, causada pelo envolvimento emocional ou de intimidade física com outra pessoa, tem-se revelado um acontecimento frequente ao longo da história (Barta & Kiene, 2005). Está associada a uma causalidade multifactorial (Hall & Fincham, 2009) e a uma multiplicidade de consequências negativas, tendo uma influência importante na satisfação e estabilidade conjugais (Duba, Kindsvatter & Lara, 2008). Constitui a principal causa de