Mostro ou Rasgo
A cada dois anos, devido as eleições, o principal assunto dos jornais se torna a Corrupção. Há anos, estudiosos buscam a solução para acabar com esse problema. Alguns desses, os mais pessimistas, creditam esse defeito da sociedade brasileira à própria natureza da população, afirmando que já não existe mais esperança para acabar com os corruptos. Realmente, nós, brasileiros, somos um povo desonesto por nascença, entretanto a guerra contra corrupção ainda não está perdida. A origem de nossa má índole é encontrada há mais de 450 anos pela história. Quando em 1530, Martim Afonso de Sousa desembarcou no Brasil com a primeira expedição com o objetivo de civilizar o território recém-descoberto, ele trazia no convés das caravelas os portugueses que iriam compor a sociedade brasileira. Nossos primeiros colonizadores eram presos, que se livrariam de suas penas se viessem para cá, nobres endividados e jesuítas que queriam corromper os Índios. Assim nosso povoamento se deu por pessoas corruptas, criminosas e aproveitadoras. Esse processo refletiu na nossa atual e desonesta sociedade. Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revela que 83 % dos entrevistados já cometeram uma prática ilegítima. Um dos dados desse trabalho mostra que 88% da população classifica a atitude de não devolver o troco a mais como ato de corrupção, sendo que 27% dos participantes admitirem que já cometeram tal atitude. Isso comprova a tese de historiadores que afirmam que nossa sociedade nasceu e ainda é corrupta. Uma Mudança, entretanto, pode reverter esse quadro vergonhoso. A minoria honesta deve servir de exemplo a massa aproveitadora. Programas de incentivo à cidadania, uma melhoria na educação e um aconselhamento aos pais de como ensinar virtudes aos filhos são as chaves para a vitória. Com essa estratégia poderemos construir uma nova sociedade de jovens de boa índole. E principalmente, a intolerância de atos corruptos,