mosaicos
O mosaico permite aos arquitetos embelezar em modo original e eficaz inteiras fachadas ou criar pequenos particulares, dando cor e forma a partes de edifícios que passariam desapercebidas. Cada revestimento dos edifícios realizado colocando lado a lado pastilhas moduladas, pode ser considerarada um mosaico, mas apenas se define como mosaico se as pastilhas forem de dimensão reduzidas. No caso de revestimentos externos, depende da extensão das supercíficies a serem cobertas. Se utiliza normalmente cerâmica ou vidro para esse fim.
Um belíssimo exemplo de utilização criativa do mosaico em cerâmica, nos oferece a obra de Antonio Gaudì*, arquiteto do modernismo catalano. Ele combinou magistralmente o mosaico com fragmentos de cerâmica para dar uma atmosfera honírica e mágica aos seus edifícios, ainda visíveis em Barcelona.
Antonio Gaudì, (1852-1920), arquiteto excepcional, com módulos linguísticos sem comparação, seguiu um esaltante fervor místico modulando os espaços arquitetônicos como massa de pensamento fluido, gelatinoso e então endurecido, petrificado durante a frealização. Em planos horizontais, inclinados, em camadas e em linhas dinâmicas, no monumento da Sagrada Familia, se seguem massas instáveis, volumes heterogêneos; elementos em perspectiva revestidos de esmaltes de vidro. audì foi um mosaicista anômalo: realizou superfícies musivas de fragmentos, superfícies musivas com uma oscilação de luminosidade; superfícies de azulejos, superfícies luminosas, superfícies lúcidas, superfícies sinuosas, superfícies multifacetadas e conjuntos coloridíssimos. Completou insólidos contrastes de cores complementares; contraste entre azul escuro, azul claro, violeta, amarelo e laranja; contraste entre verde, azul, violeta, vermelho e laranja. Concebeu a combinação do azul e do branco: encontro de água marinha e espuma do mar;