Mortes violentas no brasil
“Toda permanência de uma situação anelada pelo princípio do prazer fornece apenas uma sensação tépida de bem-estar; somos feitos de tal modo que apenas podemos gozar intensamente o contraste e somente muito pouco o estado”. A toda satisfação segue imediatamente um renovado desejo e uma nova necessidade.
Tragediógrafos gregos: Eurípedes, cuja Medeia afirma que “Viver é ter desgostos”, ou ainda na tragédia de Orestes, na qual Electra profere as palavras: “A mudança é entre todas as coisas a mais agradável”. E na mesma peça o coro profere também a máxima: “A grande felicidade não é durável entre os mortais”. Na famosa definição de Edmund Burke (1729-1797), lemos: “Tudo que seja de algum modo capaz de incitar as idéias de dor e de perigo, isto é, tudo que seja de alguma maneira terrível ou relacionada ao terror, constitui uma fonte do sublime (perfeição), isto é, produz a mais forte emoção de que o espírito é capaz. Digo a mais forte emoção, porque estou convencido de que as idéias de dor são muito mais poderosas do que aquelas que provêm do prazer”. Sigmund Freud – “O Mal-Estar na Cultura”. Ed. L&PM Pocket.
Agressividade e violência: O enfoque psicológico
O ser humano é agressivo.
Para superarmos e estranheza que a afirmação inicial causa, é necessário compreender que a agressividade é impulso que pode voltar-se para fora (heteroagressão) ou para dentro do próprio indivíduo (auto-agressão). Mas ela sempre constitui a vida psíquica, enquanto fazendo parte do binômio amor/ódio, pulsão (força interior que impulsiona o indivíduo a executar uma ação) de vida/pulsão de morte.
A educação e os mecanismos sociais da lei e da tradição