morte
A tradição preexistencialista pensava o tempo como um evento anterior e posterior ao homem, visto que este nasce e morre “no meio do tempo”. Já no existencialismo, considera-se a impossibilidade do homem pensar um tempo em que ele não esteja presente, seja no passado seja no futuro, donde se deduz que não faz sentido falar sobre o tempo como algo fora e independente do homem. Sendo assim, esse homem, identificado com o tempo, passou a ser chamado de existenz (o existente, o homem-tempo), o objeto de estudo da filosofia existencialista. O modo de ser do existenz é chamado existência. Não se pode falar da existência de objetos inanimados, eles não são um existenz, no máximo poderíamos chamá-los de entes. Tecnicamente falando, só o homem (existenz) existe. É preciso deixar claro que estamos aqui a nos referir da morte, tão somente para a condição humana.
Para o filósofo Jean Paul Sartre, a morte é mera faticidade. O nascimento é um fato idêntico ao da morte. São ambos fatos ocasionais, podem acontecer ou não, e quando acontecem fazem, respectivamente, aparecer e desaparecer o indivíduo do teatro da vida, o mundo. Para Sartre, a morte de alguém é algo que não tem qualquer significado para a sua própria vida, sequer é um fato da vida, ela simplesmente acontece e tira-o do mundo. A