Morte ou transfiguração do leitor (resumo)
Os Desafios da Escrita.Trad. Fúlvia M. L. Moretto. São Paulo: UNESP, 2002.
Chartier traz uma reflexão acerca da transformação das praticas de leituras, indagando a princípio, se o leitor morreu ou se transfigurou. Para direcionar seu raciocínio, o autor cita Barthes abordando a temática da morte do autor e a projeção do leitor e sugere queo nascimento do leitor desencadeou as causas que lavraram seu atestado de óbito.Dentre as causas, Chartier aborda a crise que enfrentam as editoras com decréscimo nasvendas de livros, dando a entender em um primeiro momento, que os leitoresdesapareceram. Porém, diante dos dados coletados em pesquisas, o autor certifica quenão houve a diminuição de leitores e sim, que as práticas de leituras sofreram alteraçõesao longo do tempo em que as tecnologias foram se modernizando. Para testificar suaafirmação, Chartier faz uma síntese da história da escrita, que vai Codex até o livroeletrônico, mostrando que esse último tornou-se o meio mais utilizado pelos leitores daatualidade, comprovando então, a vivacidade do leitor.
Segundo ela, o autor aborda em seu texto a questão das mudanças dos suportes e os desdobramentos que isso já possibilitou na história da escrita e da cultura humana.
A professora discutiu com os alunos as suposições de Chartier a respeito da ruptura do digital.O texto trata sobre uma transformação do livro como um suporte do conhecimento. Através de uma cronologia, podemos perceber as revoluções das quais o livro sofreu, e o que isso acarretou na vida do leitor. Como essa mudança interferiu no jeito do leitor perceber o livro e na forma de lê-lo. Também existe a preocupação de como o leitor irá lidar com essa transformação decorrida da terceira revolução da leitura. Com base em pesquisas realizadas na França percebeu-se que a quantidade de leitor tem diminuído com o passar dos anos.
Tendo como base que uma população letrada é uma população que lê e compra