Partidos Políticos do Brasil
Resumo capítulo 3 – Origens do sistema partidário: ideologia
Com o fim da segunda guerra mundial o cenário político internacional foi de repudiar qualquer tipo de regime fascista e nazista. O que contribuiu para que no Brasil após a queda de Vargas houvesse uma organização da sociedade e uma necessidade de atuação dos partidos políticos, sendo necessária a realização de eleições presidenciais. Como o período era delicado, apesar de propício à participação política, os partidos foram criados e sustentados pela elite brasileira. Com a restauração democrática em 1945 esperava-se que houvesse uma substituição nos grupos no poder, porém a mesma elite política que liderou o processo de redemocratização pós-Vargas foi a elite que promoveu as primeiras eleições e a formulação da Carta Constitucional de 1946, que deixou praticamente intacto o arcabouço institucional do Estado Novo. Esta mesma elite, na década de 30, preocupada com o debate político da época, em descrença ao Estado liberal, acreditava que um governo autoritário seria o único regime harmonizado com a realidade do Brasil. Difundia-se a desmoralização do parlamentarismo multipartidário, e na democracia. Na Constituição de 1934 é estabelecido quatro formas de regime político: representação profissional, conselhos técnicos, nacionalismo e regionalismo. Sobre essas quatro formas, a elite política discordava e concordava em alguns pontos, podendo dizer que assim ela agrupava-se em cinco grupos. 1) os “tenentes” civis e militares que haviam participado do movimento revolucionário de 1930. 2) os comunistas e elementos que mais tarde se aliaram ao movimento da Aliança Nacional Libertadora em 1935. 3) os integralistas. 4) os grupos oligárquicos regionais que subiram ao poder nos estados logo após a revolução de 30. 5) a política paulista formada por elementos da situação deposta (PRP) e do Partido Democrático.