Morte Encefalica Text
A morte encefálica representa o estado clinico irreversível em que as funções cerebrais (telencéfalo, diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas.
O quadro é irreversível e significa a morte legal do indivíduo. Isso porque as funções vitais controladas pelo cérebro deixam de ser realizadas espontaneamente, provocando o colapso de todos os órgãos em poucos minutos. Com a intervenção de aparelhos, os órgãos continuam ativos por alguns dias, no máximo até uma semana.
O termo morte cerebral não deve ser usado, porque cérebro compreende o telencéfalo e o diencéfalo, não englobando o tronco encefálico.
DIFERENÇA ENTRE MORTE ENCEFÁLICA E COMA
A morte encefálica e o coma são condições muito diferentes e clinicamente importantes. Na morte encefálica ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro, já o coma é uma situação em que o paciente mantêm algum nível de sinal cerebral que pode ser detectado num eletroencefalograma, e há esperança de recuperação.
A morte encefálica pode ser provocada por traumas na cabeça, falta de oxigenação, derrame, tumores, overdose e falta de glicose no sangue. O coma muitas vezes é induzido pelos médicos para aumentar a velocidade de recuperação do paciente em muitos casos de traumatismos cranio-encefálicos graves, por exemplo. No caso do coma o paciente ainda tem chances de se recuperar, mas quando é diagnosticada a morte encefálica apenas os aparelhos a que está ligado mantém o paciente vivo.
DIAGNOSTICO
O diagnostico é estabelecido após a realização de dois exames clínicos por profissionais diferentes e não vinculados a equipe de transplantes. É obrigatória a realização de exame complementar com patível com ausência de perfusão cerebral ou de atividade elétrica cortical ou de metabolismo encefálico. O exame clinico neurológico é a base do diagnostico de ME e em muitos países, entre eles o Estados Unidos, não é necessária a realização de nenhum exame complementar para o seu