Morro dos ventos uivantes
O Morro Dos Ventos Uivantes
Emily Brontë
Visto pela crítica da época como 'mórbido' e 'violento', e por muitas vezes comparado de modo desfavorável à obra de Charlotte Brontë, Jane Eyre. Hoje, O Morro Dos Ventos Uivantes é considerado um dos romances mais intensos da língua inglesa e um indispensável clássico que merece ir para toda a estante.
A obra conta com personagens fortes, bem estruturadas e com presença marcante, cujas emoções e sentimentos são colocados em primeiro plano. Mostra o amor e a obsessão em suas formas mais cruas, sem qualquer alegoria, e põe em evidência o egoísmo humano, onde as vontades, desejos e crenças se chocam numa luta constante. Estas são características que mostram o distanciamento da autora ao estilo da época, a tradição vitoriana, e as possíveis influências de Emily Brontë, como a poesia e o romance góticos de vários autores da época, como exemplo o clássico Frankstein, de Mary Shelley.
A história se alterna entre dois pontos de vista: o de Lockwood, novo inquilino da 'Granja' de Heathcliff, e a senhora Dean, que conta a história das famílias que ali viviam a pedido do primeiro. No começo, para leitores mais distraídos, a quantidade de personagens e a tradição da época de dar nomes iguais ao primeiro filho pode confundir o leitor, mas basta redobrar a atenção ao livro. A vivacidade das personagens chamam a atenção, em especial a das personagens principais, Catherine e Heathcliff, cujas decisões, emoções e histórias afetam a todos na trama. Ambos vivem um amor tão realista para a época que, em alguns momentos, o leitor se perguntará se o sentimento mostrado é realmente amor ou apenas