O caso dos exploradores de cavernas
O trabalho de resgate foi extremamente difícil. Novos deslizamentos de terra ocorreram. Em um deles, dez operários morreram soterrados. Os fundos da Sociedade Espeleológica foram exauridos. Foi necessária uma subvenção do poder legislativo, e uma campanha de arrecadação financeira para a complementação dos fundos. A libertação da caverna só foi possível no trigésimo dia, contados a partir do início dos trabalhos de resgate.
No vigésimo dia de resgate, foi descoberto que os exploradores possuíam um radio transmissor, o que tornou possível a comunicação entre os mesmos e o acampamento de resgate. Os exploradores perguntaram quanto tempo no mínimo, levaria o resgate. A resposta foi que o resgate levaria no mínimo mais dez dias. Em vista desta resposta, os exploradores fizeram-lhe duas perguntas: - Se poderiam sobreviver mais dez dias sem alimentação e se no caso de alimentarem-se de carne humana, teriam chances de sobreviver. A primeira recebeu uma resposta negativa e a segunda foi-lhe dito que teriam grandes chances de sobrevivência alimentando-se de carne humana.
Os exploradores dirigiram várias perguntas as autoridades religiosas, judiciárias e médicas, a fim de saber a moralidade e licitude do ato de se alimentarem de carne humana de um deles, na situação em que se encontravam. As autoridades não deram respostas a nenhuma destas perguntas.
Após a ausência de respostas, a comunicação foi interrompida e os exploradores decidiram sacrificar um dos cinco, para que a sobrevivência dos outros