Morfologia da Bainita
MARCOS DOMINGOS XAVIER
Eng.º Metalurgista, M.Sc. , Doutorando do Departamento de Metalurgia e Materiais daEscola Politécnica da USP; Técnico de Ensino do SENAI – CFP 1.19
RESUMO
O presente texto traz uma revisão bibliográfica sobre a morfologia da bainita nos aços e a influência de alguns elementos de liga em sua formação. Pesquisas realizadas sob caráter isotérmico mostram que os aços hipereutetóides são susceptíveis a formação das bainitas nodular e inversa além das clássicas superior e inferior. No âmbito anisotérmico, comumente aplicado na produção comercial dos aços bainíticos, são descritos os sistemas de classificação morfológica atualmente vigentes para este constituinte microestrutural.
Palavras-chaves: Aços, Bainita, Morfologia
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I INTRODUÇÃO
O processo convencional de laminação dos aços produz estruturas compostas basicamente de ferrita equiaxial e algumas colônias de perlita, caso o aço seja de baixo teor de carbono. Há também os aços IF (intersticial free), onde a cementita torna-se ausente pela utilização combinada da desgaseificação a vácuo e adição de fortes formadores de carbonetos, caso do titânio e do nióbio(1).
Atualmente, há tendência de alguns setores na utilização de aços baixo carbono com resistência mais elevada. Este é o caso dos fabricantes de rodas, que buscam assim contribuir para a redução do peso dos veículos. O advento dos aços ferritico- bainiticos, de baixo carbono, obtidos por resfriamento contínuo e constituídos por 10 a 20 % de bainita, vem atendendo com sucesso este mercado.
O propósito desta revisão bibliográfica é trazer uma visão sobre as morfologias de bainita passíveis de formação em aços hipoeutetóides de baixo e de médio teor de carbono e em aços hipereutetóides. A influência de alguns elementos de liga na formação deste constituinte microestrutural também é delineada..
II MORFOLOGIA DA BAINITA
Davenport e Bain(1) introduziram as estruturas bainíticas no