Construção do Convento de Mafra
Trabalho e a grande pedra.
Tudo começou com o sonho dos Franciscanos em construir um Convento tanto para, vaidade da igreja, como para fonte de rendimentos, em agradecimento a Deus e também como símbolo de fé.
Os fransciscanos conheciam o desejo de D.João V, ter um filho, e por então dirigiram-se a este, dizendo que se ele erguesse um convento em Mafra,o seu desejo se iria realizar no prazo de um ano.
A construção do convento traria a D. João V símbolo de poder, vaidade e um herdeiro.
D. João V disse então:
““ Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano.”
D.João encomendou o projecto ao arquitecto alemão João Frederico Ludovice e a construção é o reflexo de uma época em que Portugal beneficiou de muita prosperidade e riqueza devido ao ouro e pedras preciosas provenientes do Brasil.
Saramago olha este edifício com o olhar de crítico de um homem do nosso tempo fazendo notar-se a luta dos homens que o construíram para satisfazer a vaidade e a ambição de um rei.
A vontade inicial do rei era a construção de um convento semelhante à igreja de S.Pedro de Roma. Porém o arquitecto encarregue do projecto convence o rei a desistir de tal ideia.
“A vontade de vossa majestade é digna do grande rei que mandou edificar Mafra, porém, as vidas são breves, majestade, e S. Pedro, (....), consumiu cento e vinte anos de trabalhos e riqueza, vossa majestade, que eu saiba, nunca lá esteve, (...), estaria vossa majestade morta, mortos estariam vossos filhos...(...) a obra é longa, a vida é curta.”
Começam os preparativos para a construção do convento no local denominado Vela, em Mafra e para isso são chamados o maior número de trabalhadores para o cumprimento da vontade real.
Do pavor do rei perante a perspectiva de morrer sem assistir à conclusão da sua obra, surge a determinação de dar início às cerimónias de inauguração do convento no