Moral é biológico e não fisiológico
'Moral é determinação biológica, não filosófica', diz especialista
Assim como os humanos, os animais também têm ações positivas, como cuidar de sua prole, por isso a professora Patricia os classifica como morais
Comportar-se de uma maneira moralmente "boa" é uma questão biológica, não filosófica. A professora Patricia Chuchland explica como os hormônios se encarregam de condicionar o cérebro para que uma mãe sinta amor e cuide de seu filho ou para que as pessoas sejam agradáveis com um estranho, por exemplo.
Quando dizemos a verdade, cuidamos de nossos filhos ou nos preocupamos por alguém que está chorando, comportamentos que nossa moral nos indica que são bons, não estamos mais que respondendo hormonalmente a um impulso de conservação que gera uma emoção motivacional, chamada homeostase, da mesma forma que ocorre com a sensação de fome quando nosso corpo necessita de nutrientes.
No livro "O cérebro moral", a professora canadense Patricia Churchland explica como este órgão atua para criar os comportamentos que o homem interpreta como íntegros, ao mesmo tempo em que trabalha o conceito de neurofilosofia, disciplina que trabalha a influência que os descobrimentos relacionados ao cérebro têm nos estudos filosóficos.
A segregação de oxitocina no cérebro produz um estado de bem-estar diante de determinadas atitudes que consideramos positivas. Isto é um mecanismo da natureza para garantir comportamentos conservacionistas, como se sentir bem ao lado da pessoa que se ama
A base da moral "não é filosófica, mas biológica" e está desenhada para a sobrevivência, segundo explica Patricia, já que a origem do comportamento que os humanos consideram éticos está relacionada com a neuroendocrinologia: como é a resposta do cérebro aos hormônios, especialmente a oxitocina (OXT).
Esta substância regula um sistema de recompensas e castigos, prazer e dor, que se vê determinado por sua vez pela aprendizagem do "aspecto social", a