Montesquieu
Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu.
Na França, Montesquieu é considerado um precursor da sociologia e a Auguste Comte é dado o mérito de ser o fundador, foi ele quem criou o termo. Montesquieu pode configurar corretamente no programa de graduação em literatura, filosofia, e até mesmo em alguns casos, em história. Ele foi ao mesmo tempo um escritor, um jurista, um filosofo da politica e quase um romancista.
Seu objetivo é tornar a história inteligível. O ponto de partida da sua investigação é precisamente a diversidade, que parece incoerente; a finalidade da pesquisa deveria ser a substituição desta diversidade incoerente por uma ordem conceitual. Assim como Max Weber, Montesquieu queria passar do dado incoerente a uma ordem inteligível, processo próprio do sociólogo.
Há na sua obra duas repostas que não são contraditórias, ou melhor, duas etapas de um mesmo processo de investigação. A primeira consiste na afirmação de que, além do caos dos acidentes, podem-se descobrir causas profundas, que explicam a aparente irracionalidade dos acontecimentos. A segunda consiste em dizer que é possível organizar a diversidade dos hábitos, dos costumes e das ideias num reduzido número de tipos e não que acidentes podem ser explicados por causas profundas. Assim, fica possível explicar de duas maneiras a diversidade dos costumes que observa: de um lado, remontando às causas responsáveis pelas leis particulares que se observam neste ou naquele caso, de outro isolando os princípios ou tipos que constituem um nível intermediário entre a diversidade incoerente e um esquema universalmente válido.
Teoria política
Sobre a obra, O espirito das leis, é dividida essencialmente em três grandes partes. A primeira parte, os treze primeiros livros trariam a teoria dos três tipos de governo que seria a redução da diversidade das formas de governo a alguns tipos, pela sua natureza e pelo seu princípio. Na segunda parte é consagrada às causas materiais ou