Montesquieu

Principais idéias e obras
Montesquieu se destacou, na época, como um dos autores mais importantes do Iluminismo e suas idéias vieram a influenciar, mais tarde, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O Iluminismo representava a quebra da predominância em se justificar tudo por fatores transcendentais e começo do enfoque maior no próprio homem e na racionalidade.
Os estudos de Montesquieu foram muito direcionados ao sistema político, principalmente da Inglaterra, por onde ficou por dois anos. Ele se tornou um grande crítico ao absolutismo e do poder centralizador dos monarcas. À luz disso, escreveu sua primeira obra impactante, “Cartas Persas”.
Esse livro conta a história de dois viajantes persas que relatam a seus amigos o que estava acontecendo em Paris justamente na época em que Luís XVI governava. De forma sutil e sarcasticamente, Montesquieu critica fortemente costumes da sociedade, abusos da Igreja Católica e do governo monárquico.
Após a publicação dessa obra e a repercussão que causara, o autor passa a ser incluído em diversos círculos intelectuais e continua seus estudos no assunto, para mais tarde publicar sua obra-prima, “O Espírito das Leis”. É nessa publicação que ele dá suas maiores contribuições para a época e que vem repercutir até nos dias de hoje. É uma obra volumosa, inspirada em idéias de John Locke e que fala sobre as instituições, leis e diversos tipos de legislações que existiam. Ele pregava que não existiam leis certas ou erradas, mas que a cada sociedade deveriam existir tipos diferentes de leis que se adaptassem aos costumes e época. O que ele queria dizer ao falar do espírito de uma sociedade seria o que hoje chamamos de identidade nacional, uma junção de governo, costumes, religião e causas físicas.
Montesquieu diferencia as três formas de governo: o qual havia um soberano no governo que ditava as leis positivas e tinha a honra como princípio constituía a monarquia; no despotismo havia um líder autoritário e egoísta