Montesquieu Lock E Rousseau
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE FILOSOFIA
BRAITNER SILVA
BRENO FAUSTINO
CLEVERTON ANTÔNIO
DAVI XAVIER
EDER CARLOS CARNEIRO
JOÃO FELIPE PARASTCHUK
LEANDRO PRZYBYTEK
LOCKE E O LIBERALISMO INGLÊS; MONTESQUIEU E A AUTONOMIA DOS PODERES; ROUSSEAU E A CRÍTICA À RAZÃO ILUMINISTA.
CURITIBA
2015
I. JOHN LOCKE E O LIBERALISMO INGLÊS
John Locke é considerado um pensador contratualista. Locke também parte do estado de natureza passando pelo contrato até chegar ao governo civil. O estado de natureza de Locke os indivíduos estão regulados pela razão, há uma organização pré-social e pré-política onde todos nascem com os direitos naturais: vida. Liberdade e a propriedade privada.
No Primeiro tratado sobre o governo civil, Locke desenvolve uma refutação brilhante contra a tese que Robert Filmer defendera no Patriarca, que afirma o direito inato e de origem divina dos reis, os quais seriam todos pertencentes a uma linhagem que remonta a Adão, aquele que teria sido o primeiro rei da Terra. Filmer, como Hobbes, era um teórico do absolutismo e pretendia fundamentar o poder monárquico recorrendo à Bíblia, coisa que Hobbes fez com recurso aos conceitos de estado de natureza e o contrato social. Como Hobbes e Rousseau, Locke é um jus naturalista e contratualista, isto é, pertence ao grupo daqueles pensadores que partem da constatação de que os homens nascem possuindo direitos naturais; e que o Estado, ou sociedade civil, tem origem por meio de um pacto/contrato social entre os homens que, anteriormente a ao estado civil, viviam numa condição natural, ou estado de natureza. São governados unicamente pela razão e, consequentemente, pela lei de natureza. Ora, com efeito, afirma Locke (1978, p. 36).
A lei de natureza, única “governadora” nesta condição pré-política, vem ao conhecimento dos homens pelo uso particular que fazem da razão, que lhes revela como uma voz dívida: “o que a razão revela são leis de Deus,