MONOGRAFIA

Introdução
Abordar o estudo da língua é uma tarefa que exige perspicácia e cautela, pois neste âmbito de pesquisa estão situados problemas tanto sociais como pessoais, o que pode voltar o estudo para diversos vértices como a Sociologia, Psicologia, Antropologia, dentre outras áreas do conhecimento, pois a linguagem em si esbarra em várias áreas de ensino. Ter a língua como objeto de estudo e refletir sobre seus aspectos ideológicos pode demarcar uma série de vantagens para o estudioso, e, conforme mostra Fiorin (1998, p. 54)
É preciso considerar, quando se diz que a linguagem reflete a realidade (seja seu nível aparente, seja seu nível de essência), que o espírito humano não é passivo e que sua função não consiste apenas em refletir a realidade. Isso significa que o discurso não reflete uma representação sensível do mundo, mas uma categorização do mundo, ou seja, uma abstração efetuada pela prática social.
A citação acima demonstra o poder de abstração social que a língua possui enquanto fator social, refletindo na realidade do indivíduo. Sendo assim, o foco desta produção monográfica reside justamente em poder estudar, através de um recorte, alguns aspectos sociais e identitários do aluno que se encontra em uma classe revestida por uma realidade de miscigenação e variação linguística. Somos conhecedoras da imensidão que abarca a palavra “identidade”, por isso esta pesquisa se restringe a estudá-la apenas no âmbito escolar, ou seja, o indivíduo enquanto aluno, mais precisamente, o aluno no processo de amadurecimento social.
Para a produção deste texto, a ideia central se baseia no fundamento de analisar as respostas dadas pelos alunos de uma turma do 3° ano do Ensino Médio, no que se refere ao tema das diferenças linguísticas em sala de aula, ou seja, como eles encaram essa diferenciação de falares no âmbito escolar, permitindo verificar as possíveis formas de linguagem que se formam nesse mesmo lugar. Para tal objetivo, foi elaborada uma questão e