Monografia

INTRODUÇÃO

Ao analisar a história do tradicionalismo no Rio Grande de Sul, percebe-se que há uma busca de ampliação do universo do culto às tradições. Esta situação é justificada pelo MTG, através do discurso de uma atuação social do movimento tradicionalista. Levando-se em conta que o tradicionalismo, como um movimento cultural organizado, possui dimensões educacionais perceptíveis nas suas representações, decidiu-se, através deste trabalho monográfico, investigar de que forma a escola pode contribuir para a construção e manutenção da identidade social e cultural do gaúcho. Na escola, o ensinar os alunos a viver as tradições do Rio Grande do Sul, de acordo com as representações percebidas, passa por uma necessidade de formação de valores e do conhecimento da história e costumes do Rio Grande do Sul, na perspectiva de uma valorização do civismo, ao viver as tradições, através das diversas formas de manifestação da cultura regionalista. Os tradicionalistas, ao definirem o gaúcho como figura mitificada e representativa das identidades regionais, se posicionam em termos da busca de aglutinação de novas esferas de atuação e, nesta perspectiva, há uma aproximação, formalizada ou não, por parte do tradicionalismo como movimento organizado e da escola como instituição educacional. O embasamento teórico desta investigação sustenta-se, principalmente, na “Carta de Princípios”, redigida por Glaucus Saraiva (1961) e a tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo”, escrita e apresentada por Barbosa Lessa (1954). Considerados os dois documentos mais importantes do tradicionalismo, ambos os textos fornecem fortes diretrizes as Movimento Tradicionalista Gaúcho. Este estudo também encontra respaldo no livro “Falando em Tradição e Folclore Gaúcho: Excertos Jornalísticos”, publicado por Paixão Côrtes (1981). Ao lado desses três grandes expoentes, formadores do tripé que embasou ideologicamente o Tradicionalismo Gaúcho, muitos outros nomes de destaque na cultura