Monografia: noções gerais
MONOGRAFIA: noções gerais
Profª. Drª. Teresa Cristina Bruno Andrade
Monografia (mónos = um só tema-problema; graphein = escrita). De acordo com Salomon (1997), ela tem dois sentidos: a) estrito: identifica-se com a tese: tratamento escrito sobre tema específico que resulte de pesquisa científica com o escopo de apresentar contribuição relevante ou original e pessoal à Ciência; b) lato: todo trabalho científico de primeira mão, que resulte de pesquisa: dissertações de Mestrado, Histórias de vida, informes científicos ou técnicos e, obviamente, a própria monografia no sentido acadêmico, seja ela Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação, seja de Pós-graduação. Numa pesquisa científica, o pesquisador não pode contentar-se só com os enunciados teóricos; precisa confrontá-los com o mundo empírico, portanto, a pesquisa científica envolve a Lógica, mas também a coleta de dados. Volpato (2005, p. 117, grifo nosso) postula que na coleta de dados para elaboração da monografia, “o cientista pode usar aqueles publicados por outros pesquisadores e, ao ordenálos sob um prisma diferente, construir conhecimento novo”. Trata-se, então, de tratamento escrito aprofundado de um só tema, de maneira descritiva e analítica, onde a reflexão é a tônica: encontra-se entre o ensaio e a tese e nem sempre se origina de outro tipo de pesquisa que não seja a bibliográfica (com ampla revisão da literatura) e a documental, obedecendo a todas as etapas estruturais de uma pesquisa científica; não se confunde, pois, com ensaio. Conforme Severino (2002, p 173, grifo nosso), ensaio é estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e concludente, consistindo em exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação e julgamento pessoal. No ensaio há maior liberdade por parte do autor, no sentido de defender determinada posição sem que tenha que se apoiar no rigoroso e objetivo aparato de documentação empírica e bibliográfica. De fato, o ensaio não dispensa