Monografia - Guerra às Drogas
A partir do início dos anos 1970 houve mudanças significativas na atuação das redes de narcotráfico internacional, com um elevado crescimento da produção de drogas ilícitas, principalmente de cocaína e heroína. Desde então, mais países foram integrados ao mercado global de drogas ilícitas. Traficantes de drogas usaram a cooptação e a coerção para facilitar suas atividades comerciais ilícitas, corromperam parte das corporações policiais, assassinaram políticos, juízes, soldados, policiais e civis.
Um número crescente de pessoas iniciou o consumo de cocaína e heroína, pois muitos usuários trocaram drogas menos prejudiciais, como maconha e ópio, por substâncias mais agressivas. O aumento no consumo de drogas forneceu a base econômica que financia as redes de narcotráfico.
O narcotráfico internacional movimenta centena de bilhões de dólares, influencia instituições bancárias, impulsiona a fabricação e a venda de armas e gera milhares de mortes. Além disso, prejudica a consolidação dos direitos humanos e interfere na vida política interna de diversos países, como a Colômbia e o México, por exemplo. Todo esse conjunto de fatores é gerado para abastecer os mercados consumidores de drogas ilícitas espalhados pelo mundo.
Os Estados Unidos figuram como o maior consumidor de maconha e cocaína do mundo. Desde o início do século XX o país tem tentado reduzir a oferta de drogas, pressionando política, econômica e militarmente os países cujos esforços antidrogas consideram insuficientes. Além disso, tem treinado e equipado forças de segurança de países produtores ou de trânsito de drogas, pulverizado campos de plantação de coca e papoula com herbicidas, rastreado rotas de tráfico e efetuado grandes interdições.
Internamente, os Estados Unidos criaram órgãos especializados no desenvolvimento e na aplicação de políticas antidrogas, instituiu programas de prevenção e tratamento e passou a impor rígidas leis, que geraram um número crescente de prisões decorrentes