metodologia

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A língua é um fenômeno dinâmico, muda com o tempo e com as transformações na sociedade; a gramática, porém, não se renova e envelhece. Ela representa apenas regras; a língua é mais que isso, é a forma de expressão de um povo, de uma sociedade. A existência das gramáticas, que tem como finalidade primeira a descrição do funcionamento da língua, fatalmente se tornaram, no decorrer do tempo, instrumentos ideológicos de poder e controle social. "É preciso saber gramática para falar e escrever bem", se a afirmação fosse verdadeira, todos os gramáticos seriam excelentes escritores, e vice-versa. Porém, isso não acontece. É o caso de Drummond, um grande escritor que no poema "Aula de português" dá testemunho de sua pertubação diante da gramática. Outro caso é o de Platão que escreveu seus fascinantes diálogos e que não consultou nenhuma gramática. Na época de sua criação, a gramática tinha a função de registrar e descrever as manifestações lingüísticas livres usadas pelos autores admirados da época, como Platão e Ésquilo. Como a gramática se tornou um instrumento ideológico de poder e controle social surgiu essa concepção de que os falantes e escritores da língua precisam da gramática, como se ela fosse uma espécie de fonte da qual emana a língua bonita, correta e pura. A língua então passa a ser subordinada da gramática . O que não está na gramática "não é português". Escrever bem é conseguir passar bem as sensações ou informações que você quer passar e nem sempre quem não comete erros de ortografia é um bom escritor.
“É preciso saber gramática para falar e escrever bem”. Segundo o autor, é difícil encontrar alguém que não concorde com esse mito. Que se invalida, entre outras razões, pelo simples fato de que se fosse verdade, todos os gramáticos seriam grandes escritores, e os bons escritores seriam especialistas em gramática. A gramática, na visão do autor, passou a ser um instrumento de poder e de controle. A gramática normativa é decorrência da língua, é subordinada

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