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O autor João Roberto Martins Filho analisa em seu artigo as medidas tomadas pelo governo de Kennedy com a proposta de uma ajuda militar, conhecido como ‘’Defesa do Hemisfério’’ e busca de uma maior aproximaçao com os vizinhos latinos. No inicio da guerra fria os Estados Unidos tinham a intençao de manter as relaçoes que tinham sido estabelecidas com a América Latina durante o período da segunda guerra mundial entre 1942 a 1945, e com o governo de Truman se iniciou um crescente aumento dos gastos militares voltados para a america latina. Também foi promovida em 1947 a primeira reunião do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que tinha como objetivo a defesa mútua no caso de ataque ao continente, e todos que fizessem parte tinham a obrigaçao de defender os outros. Assim os americanos conseguiram muita influência nos países latinos com fornecimento de armas, treinamento militar e após 1959 a assinatura de acordos bilaterais que possibilitaram sua hegemonia sobre os demais. Desse modo no final da década de 1950 já estava estabelecido:
‘’missões militares americanas em dezoito países, com quinhentos e cinqüenta e oito assessores das três forças; 2) cerca de oitocentos oficiais americanos na América Latina (sem contar os militares estacionados no Panamá); 3) intenso treinamento de oficiais do Sul em bases no Panamá e nos EUA; 4) amplas vendas de material militar, a vista ou a crédito; 5) visitas regulares aos EUA por parte de oficiais latino-americanos; e 6) um comando unificado americano para a América Latina, estabelecido na Zona do Canal: o SOUTHCOM’’ (cf. CHILD, 1980, p. 126 apud FILHO,1999).
Antes da revoluçao cubana a América Latina não possuia tanta expressividade para os americanos, que investiam pouco nos vizinhos por acreditarem não ter tanta importancia no contexto da guerra fria, segundo dados: “[...] no total dos gastos dos Estados Unidos com ajuda militar nos anos 1950-59, a Europa ficou com cinqüenta e cinco por cento, o