MONICA DE CASTRO - GEMEAS
Não se Separa o que a Vida Juntou
Mônica de Castro
Pelo espírito: Leonel
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Prólogo
Aquela não seria uma noite convencional na pequena cidade de Barra do Bugres, em Mato Grosso, a 150 km de Cuiabá, onde apenas os uivos do vento acompanhavam a agonia de Severina, que se retorcia na cama com as dores do parto. Fazia já sete horas que praticamente agonizava, sentindo as contrações aumentarem a cada minuto, a barriga estufando como se, a qualquer momento, fosse estourar. A parteira enfiava, sem cerimônia, os dedos entre suas pernas, tentando localizar os gêmeos que lutavam entre si por uma chance de vida.
― Será que não é melhor chamar um doutor? - sugeriu Roberval timidamente, apertando nas mãos o chapeuzinho roto de lavrador.
― Não, não, não - objetou a parteira severamente. ― Médico, nem pensar. ― Mas ela está sofrendo...
― Isso não é nada. Passa logo. Em breve os bebês nascem e tudo se acaba. ― Mas Dona Leocádia, a coisa parece feia. Minha Severina não vai resistir. ― Saia daqui, homem! - gritou ela, enxotando Roberval para fora do quarto. Roberval saiu cabisbaixo. Não entendia o que dera em Severina para contratar os serviços daquela mulher esquisita, que aparecera na roça de repente, intitulando-se parteira,