Moneyball
O filme começa com uma frase de Mickey Mantle: “É inacreditável o quanto você não sabe sobre o jogo que você esteve jogando durante toda a sua vida”. Em seguida, cenas de um rebatedor de beisebol concentradíssimo – e nervoso. As cenas são do dia 15 de outubro de 2001, em um jogo decisivo da Liga Americana de Beisebol. De um lado do campo, um orçamento de US$ 114,46 milhões, do famoso New York Yankees. E do outro, US$ 39,72 milhões do Oakland Athletics. Em um estádio vazio, Billy Beane está sentado sozinho. Ele liga e desliga o rádio que transmite o jogo. O time que ele administra o Oakland Athletics perde a disputa. Mas ele será capaz, em um movimento arriscado, a entrar para a história com um grande feito e, de quebra, mudar a lógica do tradicional esporte.
Moneyball mostra a importância desta lógica e de uma escola econômica para o esporte. Mas essa mesma lógica pode ser aplicada em várias outras partes. Com eficácia.
A história de Billy Beane e sua equipe mostra como é preciso ser firme quando se está nadando contra a corrente. Quando existe convicção no que se está fazendo e indícios fortes de que se está apostando na virada certa, na solução necessária, é preciso insistir.
Depois de conhecer Peter Brand em uma tentativa de negociação com o time de beisebol de Cleveland, Beane precisa do apoio do técnico Art Howe e dos jogadores do próprio time para que as teorias de Brand dêem certo. Mas Howe, resistente às mudanças, quer seguir com a lógica do beisebol de sempre. Ele não coloca os jogadores que Beane quer. Então o que ele poderia fazer? Pois ele adota medidas radicais, se livra dos jogadores problema e que faziam Howe bater o pé.
O filme também apresenta uma reflexão final previsível. Como outras produções, Moneyball defende a ideia de que o dinheiro não é o mais importante. Mesmo que a lógica de Brand seja convincente, de que não está errado aceitar uma proposta milionária quando existe mérito para isso, o protagonista decide ficar