Monadnock Building
Entrada norte do Monadnock Building, com o Federal Center em primeiro plano.
Desde sua fundação, em 1823, Chicago vivenciou um impressionante crescimento econômico e demográfico. Na fase que antecedeu o Grande Incêndio de 1871 a cidade era o segundo centro comercial e o principal foco da rede norte-americana de transportes, funcionando como ponto de ligação entre as várias ferrovias e hidrovias, ligando os Grandes Lagos ao rio Mississipi e o leste ao oeste do país. A tendência à centralização das atividades comerciais e de serviços, já então presente, tornou-se ainda mais forte após o incêndio, em virtude do desenvolvimento do sistema municipal de transportes – o centro passou a ser circundado pela ferrovia de trens urbanos, fato que proporcionou um melhor acesso à região e deu a ela o nome pelo qual é conhecida hoje, The Loop (o Laço) – e da transferência dos setores administrativos das empresas dos distritos industriais para a área central. Nem mesmo a enorme oferta de terrenos na cidade arrasada – a maior parte das construções até então era de madeira, sistema construtivo que foi proibido logo após o incêndio – foi capaz de reter o vertiginoso crescimento do valor da terra. A solução apresentada pelos investidores foi a multiplicação da área dos lotes a partir da construção de vários andares nas edificações, possível graças aos avanços no desenvolvimento dos elevadores e dos sistemas de fundações – capazes de garantir a estabilidade das construções no solo argiloso da cidade.
O boom inicial da construção de arranha-céus no Loop deu-se entre os anos de 1888 e 1893, momento em que a ausência de qualquer limitação legal à altura das edificações conduziu a uma onda de verticalização, com uma série de prédios atingindo em torno de 17 andares – a partir dessa altura, o retorno proveniente dos aluguéis não mais era capaz de cobrir os custos adicionais da circulação vertical, da