Modernização e suas Teorias
Origens e conceito
O conceito de modernização provém de uma visão ocidental e eurocêntrica segundo a qual as sociedades seguem um padrão evolutivo, conforme descrito nas teorias da evolução sociocultural. De acordo com esta, cada sociedade evoluiria inexoravelmente da barbárie para níveis sempre crescentes de desenvolvimento e civilização. Os estados mais modernos seriam também os mais ricos e poderosos, e seus cidadãos mais livres e com um alto padrão de vida. Este foi o ponto de vista padrão das ciências sociais por muitas décadas, tendo como seu primeiro defensor Talcott Parsons. Esta teoria acentuava a importância das sociedades se abrirem à mudança e encaravam as forças reacionárias como restritivas do desenvolvimento. Manter a tradição pela tradição era visto como daninho ao progresso e ao desenvolvimento.
Esta abordagem tem recebido pesadas críticas, principalmente porque mistura modernização com ocidentalização. Neste modelo, a modernização de uma sociedade exigia a destruição da cultura nativa e sua substituição por outra mais ocidentalizada. Tecnicamente, modernidade refere-se simplesmente ao presente, e qualquer sociedade ainda existente é, portanto, moderna. Os proponentes da modernização tipicamente viam apenas a sociedade ocidental como sendo genuinamente moderna, argumentando que em comparação, as demais eram primitivas ou subdesenvolvidas. Este ponto de vista encara sociedades não-modernizadas como inferiores, mesmo se tiverem o mesmo padrão de vida das sociedades ocidentais. Opositores desta visão, argumentam que a modernidade independe da cultura e pode ser adaptada para qualquer sociedade. O Japão é citado como exemplo por ambos os lados. Alguns o vêem como