modernismo
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA
"TUPI OR NOT TUPI, THAT IS THE QUESTIONS"
Aconteceu em São Paulo a Semana de Arte em 1922, proposta pelo movimento modernista que buscava ir de contra as ideias defendidas pelo Romantismo, naturalismo e outros, com o objetivo de criticar a arte brasileira, da sua condição de copiar as tendências culturais vindas do exterior e repreender com dureza tudo que pudesse ser identificado como conservadorismo.
Oswaldo de Andrade sugeri a realização do Movimento Antropofágico com o intuito de quebrar as barreiras culturais, procurando valorizar a identidade cultural. O que motivou Oswaldo foi a pintura Abaporu, pintada por Tarsila do Amaral. O próprio nome da tela revela brasilidade, pois abaporu é etimologicamente tupi-guarani, significando "homem que como gente". Portanto o Manifesto Antropófago tratou-se de um movimento literário no início do Modernismo no Brasil.
A releitura da antropofagia é descrita na obra como forma de manifestar uma identidade da cultura, considerando que estes rituais praticados pelos indígenas, representam para eles um ato heroico, já que os guerreiros mortos na disputa serviam de inspiração, e o ato de comer o adversário representava que toda a valentia do guerreiro seria absorvida, sendo respeitado com isto a alteridade.
Nesta concepção o Movimento Antropofágico, conforme o Modernismo, concebia absorver a cultura estrangeira, incorporando a realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura modificada, moderna.
Da mesma forma que os indígenas praticavam o canibalismo, para absorver o poder dos guerreiros, os artistas e intelectuais deveriam canibalizar a influência estrangeira, garantindo o processo de digestão que consistiria em agregar a identidade e cultura brasileira, criando uma arte, ao mesmo tempo, nacional e universal.
Assim, o aforismo "Tupi ou não Tupi, eis a questão", reflete sobre as relações entre as culturas e suas particularidades,