modernismo
Dessa forma, seguindo essa linha de raciocínio, as criações artísticas, sobretudo na prosa, estão voltados para o intimismo, caracterizados como uma espécie de sondagem interior e bastante influenciado pelas ideias freudianas, em ascensão naquela época. Sendo assim, de forma singular, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Érico Veríssimo souberam expressar seus posicionamentos ideológicos e sua visão de mundo acerca da realidade brasileira, sobretudo a nordestina.
Quando falamos em tais posicionamentos, relembramos a importância de darmos ênfase ao panorama social, econômico e político que norteara a época em questão. Assim sendo, cabe reafirmar que entre os escritores, os que mais se sobressaíram foram os nordestinos, justamente pelo fato de retratarem a situação caótica que imperava naquela região. Enquanto o Sudeste e o Sul se vangloriavam com o crescimento econômico e político oriundo da chamada política do café-com-leite, os nordestinos viviam à mercê da própria sorte, convivendo com a seca cada vez mais brutal, bem como com a crise oriunda do declínio do ciclo açucareiro.
Contudo, a crise que atingiu o mundo capitalista a partir de 1929 fez com que a expansão do mercado brasileiro perdesse sua força, diminuindo as exportações. Nesse cenário, a economia do país oscilava, e a política não ficou aquém dos acontecimentos, pois, funcionando como uma espécie de repúdio à elite oligárquica (formada pelos representantes cafeeiros do Sul e de Minas), forças tenentistas que ansiavam a moralização do