Modernismo
O modernismo compreende o período de transição da literatura e dos meios estéticos como a arte, a música, o teatro, o cinema e a arquitetura, caracterizando a ruptura com as escolas clássicas do século XIX e com o tradicionalismo estético do parnasianismo, simbolismo, entre outros.
O movimento se caracterizou pela busca de uma arte de cunho nacional e inovador, com direito a pesquisa estética, a renovação das técnicas empregadas no processo criativo ? influenciadas pelas vanguardas artísticas européias -, a liberdade de criação e a incorporação do cotidiano e da linguagem coloquial nas obras.
A literatura desse período foi largamente influenciada por fatores históricos, primeiramente pela I Guerra Mundial, devido a disputas políticas por mercados consumidores, matéria-prima e uma economia de mercado capaz de competir com as potências globais. Com cunho nacional, observou-se a Revolta da Armada e a Guerra de Canudos, que iniciou um movimento de revolução dos sertanejos, assunto que posteriormente influenciou diversos autores em uma literatura regionalista, voltada aos problemas sociais do homem nordestino, assim como sua luta pela sobrevivência no terreno semi-árido e seco do agreste.
Dentre os autores do período modernista, pode-se destacar Graça Aranha, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Lima Barreto, ambos caracterizados pela visão crítica da realidade brasileira e o retrato de tipos humanos marginalizados.
PRINCIPAIS AUTORES:
Em Canaã, obra mais representativa de Graça Aranha, este expõe a vida do imigrante na luta para se adaptar e se fixar em terras brasileiras. Denuncia as extorsões praticadas pelos poderosos, os preconceitos e o racismo, através de uma linguagem minuciosa, com características naturalistas e escrito em forma de tese. Características semelhantes são observadas na obra ?Os Sertões?, de Euclides da Cunha. O livro é estruturado com base no estilo barroco-científico, devido à escrita rebuscada que remete a esse