Modernismo
Romances caracterizados pela denúncia, na prosa houve grande interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo-Naturalismo. Na prosa, atingiu-se elevado grau de tensão nas relações do "eu" com o mundo; é o encontro do escritor com seu povo. Havia uma busca do homem brasileiro nas várias regiões, por isso, o regionalismo ganhou importância, com destaque às relações da personagem com o meio natural e social (seca, migração, problemas do trabalhador rural, miséria, ignorância). Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas como o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a narrativa surrealista.
Os chamados “anos loucos” da década de 20 foram bastante ricos do ponto de vista cultural. Eram os anos do pós-guerra, e a Europa festejava o retorno à felicidade dos primeiros anos do século. Não por acaso, a efervescência intelectual fez com que surgissem várias tendências artísticas. A arte moderna nasceu dessas várias tendências, e se espalhou pelo mundo inteiro. Sua influência estendeu-se inclusive ao Brasil, através da aceitação crítica que os modernistas de 22 fizeram dos chamados “ismos” europeus (Futurismo, Expressionismo, Cubismo).
Porém, o final da década foi melancólico. A crise deflagrada pela quebra na bolsa de New York em 1929 provocou quedas dos índices econômicos em todos os países ocidentais. Todos sofreram em alguma medida as consequências do desastre financeiro norte-americano. Recessão e miséria substituíram as altas taxas de crescimento que, mesmo que de forma desorganizada, tinham sido alcançadas até então.
Os países europeus que mais se ressentiram desses fatos foram aqueles já atingidos pela derrota na Primeira Guerra. Neles, começam a ganhar corpo doutrinas totalitárias e salvacionistas. O nazismo alemão e o fascismo italiano conseguiram espaço político cada vez maior ao longo da década de 30. Com uma política belicista e uma