MODELOS DE ORGANIZA ES
Na década de 60, surgiram novos modelos alternativos ao tipo ideal weberiano. Vale lembrar que este consiste em um modelo burocrático, com excesso de regras, em que os trabalhadores são vistos como peças de máquinas ou seres estritamente profissionais, cujos seus sentimentos e comportamentos ficam em segundo plano. Já os novos modelos que surgiram, retratam organizações cujo funcionamento depende mais das pessoas do que das regras impessoais do tipo ideal de Weber. Podem ser chamados de: modelo pós-burocrático, modelo orgânico e Sistema 4. Convém dizer que esses modelos têm como base o modelo ideal weberiano, com o qual formam uma “régua” que possibilita avaliar o grau de burocratização das organizações, como aponta MAXIMIANO (2000). Quem contribuiu nas análises dos novos modelos foram os pesquisadores ingleses Burns e Stalker, além do americano Likert, que construiu mais tarde um modelo mais expandido. Pode-se dizer, portanto, que se estabeleceram dois modelos de organização que possuem várias designações:
Dependente de regras: Tipo ideal de Weber; Burocrático; Mecanicista; e Sistema 1;
Dependente de pessoas: Pós-burocracias; Ad-hocracias; Sistemas Orgânicos; e Sistema 4.
Na época, algumas empresas da Escócia saíram de ramos industriais tradicionais, que estavam em declínio, para entrar no mercado dinâmico da alta tecnologia. Burns e Stalker estudaram essas empresas e concluíram que para elas fazerem a transição, levaram os autores a estabelecer dois tipos ideais, como pólos opostos da mesma régua, como cita MAXIMIANO (2000).
Modelos de organização de Burns e Stalker:
Modelo Mecanicista: Hierarquizadas; Burocráticas; Especializadas; Adequadas a condições ambientais estáveis;
Modelo Orgânico: Flexíveis; Redefinição contínua de tarefas; Organogramas de pouca utilidade; Adequadas a ambientes instáveis.
Tipo Mecanicista:
As organizações que adotam o tipo mecanicista (ou mecanístico) utilizam o modelo burocrático legal-racional de Weber, que