Modelo econômico primário
MODELO ECONÔMICO PRIMÁRIO – EXPORTADOR (1500-1930)
No modelo primário-exportador, a inserção da economia latino-americana no sistema global de comércio ocorreu mediante uma clara divisão internacional do trabalho. Em um primeiro momento, aos países da região coube o papel de fornecimento de matérias-primas, riquezas minerais e alimentos para o fortalecimento dos Estados nacionais europeus e a expansão do mercantilismo. A partir do século XVIII, a América Latina contribuiu para a acumulação primitiva do capital que iria financiar a Revolução Industrial na Inglaterra.
Nos séculos XVIII e XIX, sob a influência das ideias liberais de Adam Smith, cada país procurava seu espaço no comércio internacional com base na especialização na produção de mercadorias para as quais tivesse maiores vantagens competitivas, determinadas por fatores naturais, culturais, sociais e históricos. Desta forma, do Chile exportavam o salitre; do Brasil, o café, o açúcar e os metais preciosos; da América Central, as bananas; da região andina do Peru e Bolívia, os metais preciosos; da Argentina e Uruguai, a carne.
O liberalismo econômico fazia parte da estratégia política internacional inglesa, que o empregava com o intuito de conseguir acesso direto aos fornecedores de matérias-primas e aos mercados consumidores mundiais, rompendo com a ordem mercantilista. É interessante ressaltar que, no mesmo período, EUA e Alemanha adotavam políticas protecionista.
monopólio do comércio das colônias pelas metrópoles representava um ônus enorme sobre a expansão da economia inglesa, dado que estas tinham que arcar com os custos do entreposto, ou seja, de não terem acesso direto às colônias. Desta forma, o liberalismo era funcional aos interesses de expansão da Inglaterra, impulsionados pela Revolução Industrial.
Contudo, é interesante ressaltar o caráter pragmático da utilização do liberalismo pela
Inglaterra. No século XIX, apesar de o Brasil