Modelo de Thomson Em 1875 William Crookes colocou gases muito rarefeitos (isto é, com pressões baixíssimas) em ampolas de vidro. Submetendo esses gases a voltagens elevadas, aparecendo emissões, chamadas de raios catódicos. Quando submetidos a um campo elétrico uniforme e externo, gerado por duas placas planas paralelas e carregadas, esses raios sempre se desviam na direção e sentido da placa que está carregada positivamente. Outro dado importante é que esse desvio sempre ocorre do mesmo modo, qualquer que seja o gás no interior da ampola. Em 1897, Thomson decidiu medir a razão carga/massa dos raios catódicos para identificar se esses raios eram íons (se a razão carga/massa não fosse constante) ou se eram uma partícula carregada universal (se a razão carga/massa fosse constante para todos os gases). Com isso, observando o desvio desses raios, com diversas combinações de campos elétricos e magnéticos, ele foi capaz de provar que todas as partículas tinham a mesma razão entre a carga e a massa (q/m) e de medir esta razão. Demonstrou que essa razão numérica- em unidades do Sistema Internacional (SI), Coulomb (C) para a carga e quilograma (Kg) para a massa - era da ordem de 1,7 x 1011 para todas as substâncias por ele investigadas. Thomson mostrou que as partículas com esta carga específica podiam ser obtidas usando-se qualquer material no cátodo, o que significava que estas partículas, que agora se denominam de elétrons, são um dos constituintes fundamentais de toda a matéria. Paralelamente a isso, em 1886, Eugen Goldstein modificou a ampola de Crookes, colocando como cátodo (pólo negativo) uma placa metálica toda perfurada, como se fosse uma peneira. Usando gás hidrogênio na ampola, ele verificou que, no sentido contrário ao dos raios catódicos, apareciam raios positivos, que foram chamados de raios anódicos ou raios canais. Diante disso, ele imaginou então a existência de uma segunda partícula subatômica com carga