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O Alembamento
A sua origem e a influência colonial A origem do alembamento encontra-se inserida no quadro de uma necessidade histórica e social. O alembamento existe no sentido de se criarem determinadas condições e imposições sociais de forma a manter a ordem social dentro de parâmetros bem delineados. Tais palavras pertencem a Pedro Quiamesso, licenciado em História, para quem a criação de determinadas condições e imposições sociais é mais que a determinação de leis ou de regras pelas quais todo e qualquer ser humano se identifica. Pedro Quiamesso realçou que, no passado e mesmo em alguns círculos actuais, o cumprimento dos usos e costumes é considerado como sagrado. O seu não cumprimento, de acordo com o docente universitário, implicaria a ameaça de morte, desgraça, infidelidade para com a comunidade e especialmente para com os mais idosos que sempre seguiram à risca o cumprimento rigoroso das regras que regem a sociedade tradicional. Na opinião do historiador Quiamesso, no meio costumeiro o alembamento converteu-se num acto ancestral que considera de “sacralizado”, tendo em conta as ameaças e as pragas mergulhadas no mito de que sem a realização desta cerimónia surgem consequências imprevisíveis no lar, como a não procriação, o que faz com que muitos observem o cumprimento escrupuloso da realização do alembamento.
A fonte sublinhou que o alembamento é uma espécie de aliança familiar, em que os presentes trocados durante a cerimónia seriam o sinal externo do pacto a ser realizado e a garantia da indissolubilidade do casamento tradicional. O entrevistado manifestou-se triste por causa do aspecto económico que hoje o alembamento tem, com todas as suas consequências. Resultado: o alembamento transformou-se numa verdadeira fonte de receitas. “Sabemos que o casamento tradicional está de acordo com o conceito de família, extensa, em que o elemento de ligação não é o sexual, entre marido e mulher, mas de geração, de pais