Moda na Infância
• Descoberta da infância
Apesar de sempre existirem crianças, nem sempre houve o conceito de infância. As crianças eram tidas como adultos em miniatura, onde os cuidados eram feitos pela família, sob a responsabilidade da mãe e, instituições alternativas para o cuidado de crianças rejeitadas.
Havia abandono, pobreza, e um atendimento precário as crianças – seguido de um grande número de mortalidade infantil, por conta das péssimas condições de higiene e saúde. Não havia o sentimento de cuidado, pois entendiam que se uma criança morresse, não faria falta, pois nasceria outra em seu lugar.
A idéia de infância, segundo Philippe Ariès, surgiu por volta do século XIII, através de uma transformação histórica e social – mas somente ao final do século XVI a criança passa a ser olhada como um ser com características específicas dessa fase da vida. Percebe-se essa evolução, através da história da arte.
As Crianças Graham, de William Hogarth
Ao longo desse período, a criança passa a ter papel de importância na família, onde necessita de atenção, cuidado, tempo e tratamentos diferenciados – que hoje, conhecemos como infância. Como conseqüência, surge roupas diferenciadas, instituições para tratamento especial aos pequeninos, assistência a crianças abandonadas e de educação infantil.
• Roupa infantil ao longo da história
Inicialmente, as crianças eram apenas envoltas em faixas que davam sustentação e as aquecia.
De um a cinco anos de idade, usavam túnicas simples, de uma única cor, com fendas nas laterais para facilitar o movimento das pernas. Não havia distinção entre meninos e meninas.
Do final de 1500 até meados de 1750, foi criada uma saia unissex longa, corpete e avental branco bordado. O símbolo infantil foram as tiras de couro ou tecido, que as crianças colocavam em seus ombros – o costume de usar vestidos, sem distinguir sexo, foi até o início de 1800.
A partir dos cinco anos, as crianças