mitologia
Contudo, apesar de todas as abordagens de estudo, a mitologia permanece alheia a muitos conceitos intelectuais ou não, pois na tentativa de se chegar a uma elucidação sobre sua natureza, origem, significado ou verdadeira função nas civilizações que a criaram, cada perspectiva segue elaborando suas interpretações contraditórias, permanecendo ela um enigma de profundo sentido antropológico, é um fenômeno que reflete profundamente a cultura da civilização da qual faz parte. De fato, se estudarmos os mitos Gregos, Maias ou Hindus, por exemplo, eles se revelam uma das fontes mais ricas pela qual chegamos a conhecer o universo dessas civilizações. Os mitos encontram-se plasmados nas esculturas e obras de arte, templos sagrados, ritos, escrituras, religião de cada um desses povos. Isto para ressaltarmos sua profunda importância cultural nas civilizações antigas, e sua permanência através dos tempos como fonte constante de referência e inspiração.
Porém, investigando a mitologia por um outro lado mais essencialmente profundo do que sua circunscrição cultural e histórica, ela se revela uma manifestação de amplitude muito mais abrangente. É o que fica claramente demonstrado através da ciência comparada entre as mitologias de diferentes civilizações ou povos tanto no tempo quanto no espaço.
A manifestação universal das mitologias – sua presença em todas as culturas – e suas irrefutáveis semelhanças entre si, demonstram que a mitologia possui uma essencialidade além da cultura e do tempo, e tem como sua fonte de origem algum aspecto muito particular da natureza humana, uma linguagem especialmente contida na própria consciência.
A mitologia Grega é um