Mitologia grega

5347 palavras 22 páginas
1. Introdução
O caminho de volta para Deus não é uma descoberta dos cristãos. Está no coração da humanidade. Para comprovar isso, e também para aprofundar alguns pontos da caminhada, da vida de São Francisco, vamos à história de Édipo, que ficou famosa – ficou conhecida - por causa de Freud, que também só usou uma parte dessa mitologia grega.
Os mitos são muito importantes em todas as culturas. São histórias que remontam séculos e séculos, e não têm autores conhecidos, porque foram elaborados por um povo e que tocam as raízes do humano universal.
A história de Édipo tornou-se imortal quando foi elaborada pela tragédia grega, especialmente por Sófocles, no século V antes de Cristo. Os gregos trabalhavam as tragédias para provocar uma catarse (purificação) no povo. Mostravam que o ser humano tem a tendência de se separar de Deus pelo orgulho (hýbris) de suas realizações, mas que isso causa uma cegueira (ate) diante da vida. Então, uma ação dos deuses (ftónos theón) derruba-o para que possa encontrar o caminho da volta. Só assim ele poderá ser livre.
1). A história de Édipo
Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos. Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto").
Laios casou-se com Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não conseguiam ter filhos. Por essa razão, muito religiosos, foram consultar o Oráculo de Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e mandou os servos matarem o bebê.
Levaram-no para uma floresta, furaram-lhe os pés e o amarram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais selvagens.

Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como se fosse seu, e

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